Celebrar o 8 de março é mais uma vez, colocar o debate sobre
as mulheres na ordem do dia. Nos pomos a pensar no quanto já avançamos,
contudo, é importante refletir sobre os diversos desafios que estão colocados
na atualidade. É necessário que construamos uma nova cultura política na
sociedade, na academia e nos mais diversos espaços.
O movimento de
mulheres, tem se posicionado e debatido os rumos e as políticas que são
pensadas para a vida das mulheres, seja do campo, universitária, lésbica,
negra, dentre outras.
A luta das mulheres
vem ganhando espaço significativo na sociedade. Exemplo disso são as vitórias
como: o direito ao voto, a inserção nos espaços de decisão, no mundo do
trabalho e mais ainda, na universidade.
Hoje, o perfil
universitário é diferenciado. Temos mais mulheres ocupando os cursos
tradicionalmente ligados ao feminino, mas para, além disso, temos uma
significativa inserção naqueles que historicamente não existia presença
feminina. Isso é fruto da luta das mulheres que queriam muito mais que ensaios
de direitos. No entanto, o agora não basta, ainda há muito em que avançarmos.
No contexto
universitário, a presença do machismo ainda é muito forte: seja nos trotes
machistas, seja na negligência a assistência estudantil que afeta diretamente
as mulheres mães. A falta desta, tem causado grandes problemas referente a
autonomia na vida das mulheres, geralmente elas são levadas a abandonarem sua
formação para criar seus filhos e filhas. A invisibilização das mulheres na
academia é mais um sintoma do machismo, ela nos exclui das publicações, das
pesquisas, inibi a existência de disciplinas com recorte de gênero, inviabiliza
o entendimento do papel da mulher na sociedade, inclusive na produção
acadêmica.
Cabe a nós mulheres
nos organizarmos e lutarmos por uma assistência estudantil de qualidade a qual
garanta nossa permanência nos cursos, devemos pensar em formas de quebrar as
barreiras colocadas pelo machismo na academia. É importante termos cada vez
mais mulheres inseridas neste processo, fazendo pesquisas acadêmicas dos mais
diversos temas, sendo referenciadas nos mais diversos setores do conhecimento.
Por isso precisamos
dar um basta a reverberação da lógica opressora como está posta, precisamos
ocupar os CAs, DAs, DCEs e na UEB para que a nossa pauta seja priorizada nestes
espaços. E a luta contra o machismo na universidade começa agora. Fazendo um
enfretamento direto aos diversos trotes machistas!
Laísa Nascimento (Diretora de Mulheres da UEB) e Marcela Ribeiro
(Vice Presidenta da UEB)
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