quinta-feira, 8 de março de 2012

Todos os dias são dias das Mulheres


Celebrar o 8 de março é mais uma vez, colocar o debate sobre as mulheres na ordem do dia. Nos pomos a pensar no quanto já avançamos, contudo, é importante refletir sobre os diversos desafios que estão colocados na atualidade. É necessário que construamos uma nova cultura política na sociedade, na academia e nos mais diversos espaços.

O movimento de mulheres, tem se posicionado e debatido os rumos e as políticas que são pensadas para a vida das mulheres, seja do campo, universitária, lésbica, negra, dentre outras.

A luta das mulheres vem ganhando espaço significativo na sociedade. Exemplo disso são as vitórias como: o direito ao voto, a inserção nos espaços de decisão, no mundo do trabalho e mais ainda, na universidade.
 Hoje, o perfil universitário é diferenciado. Temos mais mulheres ocupando os cursos tradicionalmente ligados ao feminino, mas para, além disso, temos uma significativa inserção naqueles que historicamente não existia presença feminina. Isso é fruto da luta das mulheres que queriam muito mais que ensaios de direitos. No entanto, o agora não basta, ainda há muito em que avançarmos.

No contexto universitário, a presença do machismo ainda é muito forte: seja nos trotes machistas, seja na negligência a assistência estudantil que afeta diretamente as mulheres mães. A falta desta, tem causado grandes problemas referente a autonomia na vida das mulheres, geralmente elas são levadas a abandonarem sua formação para criar seus filhos e filhas. A invisibilização das mulheres na academia é mais um sintoma do machismo, ela nos exclui das publicações, das pesquisas, inibi a existência de disciplinas com recorte de gênero, inviabiliza o entendimento do papel da mulher na sociedade, inclusive na produção acadêmica.

Cabe a nós mulheres nos organizarmos e lutarmos por uma assistência estudantil de qualidade a qual garanta nossa permanência nos cursos, devemos pensar em formas de quebrar as barreiras colocadas pelo machismo na academia. É importante termos cada vez mais mulheres inseridas neste processo, fazendo pesquisas acadêmicas dos mais diversos temas, sendo referenciadas nos mais diversos setores do conhecimento.

Por isso precisamos dar um basta a reverberação da lógica opressora como está posta, precisamos ocupar os CAs, DAs, DCEs e na UEB para que a nossa pauta seja priorizada nestes espaços. E a luta contra o machismo na universidade começa agora. Fazendo um enfretamento direto aos diversos trotes machistas!

Laísa Nascimento (Diretora de Mulheres da UEB) e Marcela Ribeiro (Vice Presidenta da UEB)

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