Afirmar que a mulher pode escolher pela continuidade ou não de uma gravidez indesejada significa dizer que ela tem direito de dispor sobre seu próprio corpo, sua integridade física e exercer livremente a própria sexualidade desassociando sua sexualidade da maternidade.
Dessa forma, a bandeira da legalização do aborto é um questionamento da estrutura, valores da sociedade. Nossa luta, logo, está conectada com a transformação dessa sociedade e caminha para a construção de uma sociedade que seja igualitária, justa, solidária e libertária.
A caracterização como delito, não evita a realização do aborto, ao contrário, penaliza as mulheres mais pobres e negras que não têm condições de realizá-lo em clínicas particulares e seguras. Incentiva, portanto, sua prática clandestina. Feitos na ilegalidade e, em geral, em péssimas condições são uma das principais causas da mortalidade feminina decorrente de complicações na gravidez. Muitas mulheres provocam seus próprios abortos com uso de citotec, agulhas de tricô, água sanitária, o que leva a sérias complicações e à morte.
No Brasil, setores conservadores têm atuado em diversos âmbitos, seja no legislativo, seja no judiciário, seja nos meios de comunicação, para influenciar a opinião das pessoas no sentido de se posicionarem contra o direito das mulheres decidirem sobre suas próprias vidas e de suprimir os direitos conquistados historicamente pelas mulheres. A UNE vem, através da Campanha Pela Legalização do Aborto, apresentar um outro olhar sobre essa tema, compartilhando com o movimento feminista a defesa da vida das mulheres. É necessário nos prepararmos para superar as condições desiguais em que essa discussão está sendo colocada, o quê significa construir uma ampla mobilização a favor do direito ao aborto.
Organize essa Campanha em sua universidade!
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